Por falar em lobos...
Vem-me à memória um livro que li recentemente - "O Filósofo e o Lobo".
Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para os 7º, 8º e 9º anos de escolaridade, o Filósofo e o Lobo, de Mark Rowlands é a história real de uma relação entre um homem e um lobo.
No dia em que Mark compra o lobo Brenin, tem a sua primeira grande lição sobre esta espécie: os lobos não gostam de ficar sozinhos. Ao regressar a casa, encontra-a completamente destruída: dos forros do sofá, às tubagens do ar condicionado, nada restava inteiro.
Aí Mark faz um pacto com Brenin: nunca o abandonará. Começa assim a estranha amizade de um professor de filosofia e o seu imponente lobo. Iam juntos para todo o lado: os jogos de râguebi, as festas na universidade, e até às aulas - onde Brenin ocasionalmente uivava, ao ouvir dissertações chatas sobre temas filósoficos.
Dez anos de convivência que moldaram mais o filósofo do que o Lobo.
Um livro cheio de emoção e de ideias incomuns que aborda assuntos apelativos que vão sendo entremeados com uma história de cumplicidade e de amor real entre um ser humano e um animal.
Gostei muito de ler e aconselho vivamente este livro.
Há um aspecto, que penso ser interessante e dá mesmo que pensar. A noção de inteligência. Gostei da abordagem: Um lobo não mente, não trai a matilha, é altruísta em prol de quem gosta e até sabe o que é Amar. Porém o homem, tem uma inteligência que até lhe permite compreender o Universo e, no entanto, a mentira e a intrujice fê-lo desenvolver ainda mais a capacidade de inteligibilidade. Mas será que somos assim tão inteligentes?
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