Recentemente e num parque próximo do local onde resido tenho podido observar, ao final da tarde, alguns gaios a voar de árvore em árvore. Observar aves é uma actividade muito reconfortante. Experimenta. Só precisas de te sentar sossegado e esperar calmamente. Vais ver que grandes surpresas te esperam...
E depois, em casa, podes consultar o portal da Naturdata e complementar as tuas descobertas com a informação que lá encontras disponível. Foi o que eu fiz.
Já ouviste falar do Naturdata?
O Naturdata é um projecto independente, nascido na sociedade civil cujo objectivo é a recolha, produção e divulgação de informação sobre a biodiversidade de Portugal. O projecto está actualmente composto por uma base de dados e pelo portal Naturdata sendo este último de acesso livre e gratuito. Entre outras coisas poderás consultar as Chaves de Identificação de espécies. Tanto a recolha como a divulgação da informação são desenvolvidas através do voluntariado de pessoas que de alguma forma se interessam pelo tema da biodiversidade e que queiram colaborar com o mesmo. Caso estejas interessado em participar consulta a página da Naturdata.
Terminaram as aulas e o calor chegou... até aposto que tens em mente uns bons mergulhos e/ou passeios por locais refrescantes. Quando programares as férias não te esqueças de reservar um dia para visitar o CRLI - Centro de Recuperação do Lobo Ibérico na Malveira, tão perto de Mafra... e desta vez tens razões acrescidas para a visita. Razões a dobrar! Há um par de anos a BE/CRE da Escola E. B. 2,3 D. Pedro IV tomou a iniciativa de apoiar o CRLI e para tal optou por apadrinhar um animal daquela instituição. Foi assim que a loba Faia se tornou afilhada da "nossa" escola.
O tempo passa e muita coisa acontece. Há umas semanas, e por acaso, deparei-me com umas fotos belíssimas no facebook. Espanto dos espantos!... e não é que as fotos eram da Faia?! Partilho-as aqui convosco.
Faia
Faia
Faia
Faia
Esta é a primeira razão para ires ao CRLI: ver ao vivo a afilhada da "nossa" escola - a Faia.
A segunda razão: a Faia foi mamã!
Verdade... vai ao CRLI ver os lobitos!
Lobito filhote da Faia
E agora, antes de te pores a caminho consulta o facebook ou a página do CRLI para ficares a par das novidades.
Boa visita.
O nascimento das crias ocorreu poucos dias após a visita dos alunos do 8º ano à Tapada. Foi por pouco que não tivemos a sorte de ver os listados a percorrer o parque livremente a correr atrás da sua mamã. As listas que dão o nome a estes bébés são uma marca passageira, dado que desaparecem a partir do sexto mês. Depois o javali ganha tons avermelhados que se esbaterão para o cinzento acastanhado como nos exemplares adultos. Mas por estes dias os pequenos javalis, divertidos de apreciar, são uma boa razão para (voltar a) visitar a Tapada.
Nós pensamos que somos os "senhores do mundo", mas a natureza lá nos vai pregando partidas como que para nos chamar à atenção, para ver se mudamos de hábitos e percebemos que ela é demasiado rebelde para se deixar dominar.
Temos muito mar... de Norte a Sul e é junto à costa que se farão sentir mais os efeitos desta rebeldia...
A Faculdade de Ciências tem responsabilidades na evolução da qualidade do ensino das ciências em Portugal. Para isso, mantém em funcionamento vários programas de ligação com as escolas, destinados a professores e alunos, que procuram ajudar a melhorar a qualidade do ensino e a cativar os alunos para as formações e profissões do futuro nas diversas áreas da ciência.
Experiências . Divertimento . Informações . Música . Visitas de Laboratório . Jobshop . Dança
Muitos de nós gostariamos de deixar um legado para as gerações vindouras. Uma marca daquilo que fizemos durante a nossa vida e de preferência uma marca positiva. Alguns escrevem livros, outros plantam árvores... mas daquilo que não nos livramos é da nossa Pegada Ecológica. Passemos a explicar.
A Pegada Ecológica está relacionada com o impacte que o consumo humano tem sobre o planeta Terra nas suas diversas componentes. Trata-se de um indicador de sustentabilidade desenvolvido por Mathis Wackernagel e William Rees no princípio dos anos noventa e assenta no pressuposto de que os recursos naturais são um bem finito, e que na sociedade moderna toda a actividade humana está directa ou indirectamente dependente da exploração desses recursos. Por isso, quanto mais consumires maior será a tua "pegada". Que legado queres deixar?
Se tens curiosidade e queres calcular a tua pegada ecológica clica aqui.
James Lovelock, cientista britânico e um dos maiores ambientalistas do mundo, propôs em 1979 uma teoria a que chamou Gaia, nome da deusa grega da Terra. Segundo a teoria de Gaia, a Terra é um organismo vivo que se adapta e modifica de forma a manter as condições necessária à vida.Nos anos seguintes muito se disse em torno deste tema, a ponto se ter escrito uma peça de teatro que acabou por chegar a Portugal num dos canais da TV.Vi e não esqueci. Creio ter então despertado a minha consciência ecológica.Foi assim que nas minhas deambulações em busca de um nome para este Blog, ao fim de tantos anos, me veio à ideia - GAIA.
Mas retornando a James Lovelock...ora, se a teoria de Gaia diz que a Terra se comporta como se estivesse viva, e qualquer coisa viva pode gozar de boa saúde ou adoecer, então é admissível dizer que a Terra pode estar doente. E todos sabemos que há doenças e doenças. Uma simples constipação cura-se por si em alguns dias. Noutros casos, a gravidade pode ser tal que o poder de auto-regulação é insuficiente, acabando o enfermo por sucumbir. Gaia, a Terra viva, está velha e já não tem tantas forças como há uns milhões de anos atrás.
Além disso, uma das suas formas de vida, os humanos - animais tribais conflituosos com sonhos de conquista até de outros planetas - tentou governar a terra somente em seu benefício próprio... e agora Gaia reclama vingança! Uma vingança em forma de alterações climáticas. Agora, com o mundo a aquecer e os padrões climáticos a alterarem-se drasticamente, a Terra começa a retaliar.
Será que a Humanidade vai estar incluida nas formas de vida que sobreviverão?
As turmas do 8º ano esperam, com alguma impaciência, pelo dia 19 de Março. É certo que nessa data se comemora o Dia do Pai, mas os nossos alunos estão ansiando por um dia ao ar livre na Tapada de Mafra.
A diversidade de habitats presentes na Tapada (bosques, pastagens, matos e linhas de água) permite a existência de um grande número de espécies animais e vegetais. Na sua maioria de pequeno tamanho e de hábitos esquivos lá se vão deixando ver entre árvores e arbustos. Outros, como os javalis, menos envergonhados mostram-se com à vontade e vêem ter com os visitantes. Mas entretanto, se nunca foste à Tapada de Mafra, aproveita os dias frios de Fevereiro e folheia os eBooks para ficares a conhecer alguma da fauna deste espaço natural.
Se te perguntarem a idade respondes sem hesitar: 50 anos, 40 anos...
Se te perguntarem a idade de uma criança com menos de um ano dás a resposta em meses, semanas, dias ou horas se fôr um recém nascido.
E os outros seres vivos? Como se mede o seu ciclo de vida?
As sequóias e alguns tipos de pinheiros chegam a viver 4 mil anos ou mais. O ciclo de vida da Drosophila (mosca da fruta) depende das condições ambientais, no entanto, o tempo médio de vida das fêmeas é de 26 dias e de 33 dias para os machos. Algumas bactérias podem completar o seu ciclo de vida em apenas 30 minutos.
Ou seja, a unidade de referência é variável. É tudo uma questão de escala.
Por isso, não é de espantar que em algumas situações se chegue a usar como unidade de medida o milhão de anos, o ano-luz, o parsec, entre outras. Por exemplo, do nosso planeta, a galáxia de Andrómeda é o objecto mais distante no espaço que conseguimos ver a olho nú. Dista 2 milhões de anos-luz da Terra...
Já a Terra, essa formou-se há cerca de 4 600 milhões de anos (Ma). Quando nos queremos referir a acontecimentos desta ordem de grandeza, como será fácil de compreender, o grau de incerteza é elevado... Mesmo quando neste exemplo representa apenas 1%, falamos de valores da ordem dos 46 Ma.
Descobri um poema surpreendente na página do facebook de um amigo e colega dos tempos de faculdade. A mistura da ciência à poesia. A prova de que tudo é possível. Partilho-o aqui no blogue.
Geologia, para quem a ama
Vê a mistura da ciência à poesia
Conhecer a Terra, sua essência
Sua estrutura, nosso berço, nossa cama
É como desvendar um grande mistério
Escondido em sua dinâmica e evolução
Entender suas riquezas, fonte de todo minério
E a personalidade de cada formação
É fazer uma grande viagem ao passado
Através de éons, eras e períodos
Reconstituindo em cada fóssil encontrado
A conexão dos elos perdidos!
É a compreensão do poder expresso em sua insígnia:
O fenômeno de um vulcão em pranto
Fazendo gerar a rocha ígnea
Das lágrimas que vêm do manto
E a observação das dobras, fraturas, falhas e do sismo
Frutos de choques na crosta e suas entranhas
Nos fornece a condição do metamorfismo
E a razão das mais belas montanhas
É constatar que apesar de todo processo de destruição
Desagregando as rochas em fragmentos
A natureza promove a reconstrução
Fazendo surgir a rocha de sedimentos
E no cerne deste conhecimento
Procura-se o mapa do tesouro
Trazendo esperança de desenvolvimento
Cravada em ferro, óleo, prata ou ouro
E permite-nos combater a ameaça
Vinda de uma inadequada ocupação
Orientando o homem a prevenir-se da desgraça
Após deslizamentos, abatimentos e erosão
Ah! E sobre a implacável sede contemporânea
Refletida em desertos de areia e osso
A ciência faz jorrar a água subterrânea
Realizando o milagre de um simples poço
Respeitar o planeta Terra
E compreender sua essencialidade
É o ponto de partida
Para a manutenção da vida
Da humanidade
Creio que seja da autoria da Drª Maria Giovana Parizzi
Fonte: Estudando Geologia
Graças à parte, conheces o animal que está representado na imagem?
O Tigre-dentes-de-sabre (Smilodon) é um felino extinto que viveu há cerca de 3 milhões de anos. Apesar de comum, esta nomenclatura é incorrecta porque o Smilodon não é um antecessor do tigre nem lhe está directamente associado. Para saberes mais poderás também clicar aqui.
Indiferente a todas as contrariedades e a quaisquer objectivos traçados o tempo passa e vai encurtando horizontes mas somando sabedoria nas nossas vidas. O ocasional surpreende-nos e as rotinas sucedem-se. É assim que uma vez mais nos preparamos para, em visita de estudo, voltar a sentir o ar fresco e puro e o cheiro da terra na Tapada de Mafra. O corpo acorda todos os sentidos no seio de tamanha envolvência.
Amanhecer na Tapada de Mafra
As visitas de estudo são sempre bem vindas e do agrado dos alunos. Dos professores também. Afinal são eles que se dão, disponibilizam o seu tempo e empenho tornando possíveis tais actividades.
Donos das nossas tarefas e no acompanhar dos tempos vamos preparando e vencendo cada etapa. Os alunos, esses vão contando o tempo que falta.
As imagens deste filme foram recolhidas ao largo das ilhas Fiji e Tonga e apresentam os ecossistemas marinhos do Pacífico sul: grutas submarinas, recifes de coral coloridos, cardumes enormes de peixes tropicais, tubarões e até baleias, são um bom exemplo dessa variedade.
Há um mundo mágico submerso nas água dos mares e oceanos.... a Biodiversidade. Biodiversidade. A palavra biodiversidade resulta da união do radical Bio = vida, e da palavra diversidade = variedade, conclui-se então que biodiversidade significa variedade de vida.
São imagens muito belas, não é verdade?
Como sabes o desaparecimento de espécies e de áreas naturais está a ocorrer com uma celeridade sem antecedentes em consequência da actividade humana. Deste desaparecimento advêm problemas éticos e a extinção de outras espécies o que representa uma perda irreversível de códigos genéticos únicos que muitas vezes estão ligados ao desenvolvimento de medicamentos, à produção de alimentos e variadas actividades económicas.
O planeta pode ser comparado com um organismo vivo e como tal, a saúde e o equilíbrio apenas se mantêm se cuidarmos dele. Assim como um ser vivo é constituído por diversos órgãos, também a Terra é composta por vários elementos um dos quais a biodiversidade. E como no nosso corpo, basta que um órgão não funcione na perfeição para que nos sintamos doentes. É assim que a Terra se sente. Doente. A biodiversidade está gravemente ameaçada e com ela a sobrevivência do planeta. Pensa nisso.
Há uns dias, ao clicar no Google para iniciarmos uma pesquisa, a imagem de exibição que surgia era esta. Será que reparou nos pequenos fósseis representados?!
Isto porque no dia 11 de Janeiro de 2012 o Google preparou um doodle especial para assinalar essa data.
Doodle são imagens que o Google usa para homenagear acontecimentos e pessoas famosas em datas importantes. O Google usa imagens relevantes dessas datas ou pessoas e faz uma mistura com a sua própria marca e a imagem resultante é depois colocada no motos de busca, como a que está em cima.
Nicolau Steno
Desta vez o Google homenageou o 374º aniversário de Nicolaus Steno, umcientista dinamarquês e um dos primeiros investigadores a estudar as posições relativas dos estratos em rochas sedimentares. Formulou o Princípio da Sobreposição dos Estratos ainda hoje fundamental para a interpretação da história da Terra, porque em qualquer parte do planeta indica a idade relativa das camadas das rochas sedimentares e dos fósseis nelas contidos.
O projecto BioDiversity4All - Biodiversidade para todos está a criar uma base de dados online sobre a Biodiversidade em Portugal, fundamentada na participação activa da sociedade civil e da comunidade científica.
O BioDiversity4All cria a possibilidade de todos contribuirem com registos de observações de plantas, animais e fungos e de usufruirem dessa informação através de um site fácil e divertido de utilizar e explorar.
O projecto BioDiversity4All tem por missão unir o maior número de pessoas na promoção do conhecimento sobre a Biodiversidade procurando tornar-se na mais completa, acessível e conhecida base de informação sobre a distribuição de espécies a nível nacional.